As ações da ONG Caraivaviva durante a pandemia do coronavirus em Caraíva
A ONG CARAIVAVIVA fechou suas portas desde o crescimento da pandemia do coronavirus no Brasil, no dia 17 de Março de 2020. As atividades continuam online, cada professor foi encarregado de desenvolver atividades que possam ser feitas à distancia, de forma a continuar suas aulas pelo meio do aplicativo Whatsapp, pela plataforma Zoom e redes sociais como Facebook e Instagram.
A equipe de coordenação continua funcionando, as reuniões acontecem com o aplicativo Zoom. Sendo a única instituição em Caraíva, a ONG decidiu assumir um papel central neste período emergencial para ajudar a Comunidade de Caraíva e seu entorno.
1. Centro de comunicação. A Caraivaviva criou duas redes de comunicação com as famílias dos seus 160 alunos e com os professores, a primeira para para divulgar informações sobre o coronavirus, especialmente sobre as medidas indispensáveis para evitar de se contaminar, a segunda para receber os pedidos das famílias. A maioria os moradores respeitam o confinamento e as medidas de proteção. Comercios e pousadas estão fechado e Caraíva se fechou para turistas e visitantes no dia 20 de março e estará fechada pelo menos até o dia 15 de agosto.
2. Cestas básicas. A Caraivaviva esta já comprou e distribui 600 cestas básicas para as famílias carentes e sem recursos. O numero de famílias com necessidades está crescendo a cada dia, o turismo, que parou, estava a principal fonte de renda da população. As cestas foram compradas com o dinheiro recibido da operação Crianças Esperança, com a autorização do patrocinador. A Caraivaviva está procurando a autorização de outros patrocinadores para redirecionar mais dinheiro para a compra de cestas básicas.
3. "Caraíva Planta". A Caraivaviva, em parceria com a empresa local de cosméticos naturais Gahyia e moradores que disponibilizam suas terras (e trabalho) estão a caminho de transformar um total de 50.000 m2 em plantações que incluem técnicas de Agrofloresta e Permacultura. A intenção é que grande parte da colheita possa ser compartilhada às famílias vulneráveis da região nos próximos meses. Esta ação está tomada como medida de precaução numa situação de incerteza frente a uma situação econômica que esta se deteriorando rapidamente. Os moradores de Caraíva e seu entorno vão necessitar de continuar a se alimentar qualquer que seja a situação sanitária.
Fotos de plantio. No meio, João Bosco, especialista em agroflorestal, responsável da implantação do projeto Caraíva Planta e Ludmila Sarmento, farmacêutica, responsável do laboratório da Gahyia. Abaixo, João Bosco aconselhando um casal de agricultores e o conteudo das cestas básicas providenciadas pela Caraívaviva
"Caraíva Planta", projeto da ONG Caraívaviva com a Gahyia. Em branco, as áreas de plantações que incluem técnicas de Agrofloresta e Permacultura. Projeto em desenvolvimento. Acima a direita, Caraíva, o mais antigo vilarejo do Brasil.
